Por Luciano Borges
Paulo Henrique tem que tomar conta do jogo. Esta é, segundo o ex-meia Pita, a chave para o Santos vencer o Barcelona na final do Mundial de Clubes da Fifa, que será disputada neste domingo de manhã em Yokohama, Japão. O ídolo santista nos anos 70 e 80 já conversou pessoalmente com Ganso. “Disse a ele que tem que ter coragem e ser o cara decisivo do time”.
Para quem não viu Pita jogar, vale lembrar que ele e Ganso têm estilos muito parecidos. Ambos são canhotos, habilidosos e armadores. “Vejo muita coisas semelhante. Eu chegava mais, fazia gols, cabeceava, finalizava mais. O Ganso sabe fazer isso, mas precisa querer. De resto, ele tem o passe e o controle de bola”, afirmou.
Ele quer ver PH chegar mais perto da área, tentar o drible, o chute forte. “Ele não vem fazendo isso, mas sabe como fazer”, avaliou. Nesta quinta-feira, Pita – que teve passagem vitoriosa também no São Paulo – assistiu à vitória do Barcelona sobre o Al Sadd (4 x 0) na semifinal. Reforçou a opinião de que o Santos vai precisar – e muito – dos dois jovens que têm mais habilidade no time.
“Se o Ganso e o Neymar não jogarem tudo o que sabem, o Santos vai ter problemas. O Barcelona é muito forte. O Santos tem uma ‘chancezinha’ de vencer e precisa jogar tudo o que sabe. Porque todos os jogadores do Barça não vão jogar mal numa mesma partida”, falou.
Aos 53 anos, Pita (Edivaldo Oliveira Chaves), está deixando o trabalho de coordenador do Desportivo Brasil, clube mantido pela Traffic, que já durava seis anos.
Em 1978, ele era o maestro do meio de campo da equipe do Santos, campeã paulista. Ao lado de Juary, Nilton Batata e João Paulo, ele formou um grupo de jovens conhecidos como “Meninos da Vila”. Esta é outra semelhança com Paulo Henrique: os dois fazem parte de novas gerações formadas na Vila Belmiro.
No São Paulo, ele foi titular da equipe de “Menudos” do São Paulo, dirigida pelo técnico Cilinho. Ao lado de Silas, Muller, Careca, Sidney e Zé Teodoro, Pita foi campeão paulista de 1985 e campeão brasileiro de 1986. Depois, jogou no futebol francês e participou da instalação da J-League no Japão.
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