O médico recomendou internação, mas Milena preferiu ficar em casa e fez o exame para malária, cujo resultado sairia em 15 dias.
Com o agravamento do quadro, ela retornou ao hospital na quarta (7). No sábado (10), foi internada e encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com relatos de diplomatas , o hospital buscou o Ministério da Saúde para conseguir o medicamento contra a malária, o que só aconteceu na segunda-feira (12), uma semana após a primeira consulta de Milena e duas após a volta.
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores:
"Falecimento da diplomata Milena Oliveira de Medeiros
O Ministério das Relações Exteriores recebeu com enorme pesar a notícia do falecimento da diplomata Milena Oliveira de Medeiros, hoje, 26 de dezembro.
A Secretária Milena Oliveira de Medeiros sempre exerceu suas funções com grande dedicação e sentido de dever. Sua passagem, que abrevia prematuramente uma carreira promissora, é sentida profundamente por todos os seus amigos e colegas.
O Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, manifestou aos familiares da diplomata suas condolências e a solidariedade de todo o corpo de funcionários do Ministério das Relações Exteriores."
O Itamaraty informou no início da noite desta segunda-feira (26) que morreu pela manhã a diplomata brasileira Milena Oliveira de Medeiros, 35 anos.
Natural do Acre, Milena de Medeiros estava internada desde o começo de dezembro em Brasília, após contrair malária em uma viagem à África, a serviço do governo.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que o ministro Antonio Patriota manifestou aos familiares "condolências e a solidariedade de todo o corpo de funcionários".
Segundo o Itamaraty, Milena de Medeiros "exerceu suas funções com grande dedicação e sentido de dever". Ela ingressou na carreira diplomática em 2009, por meio de concurso público.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), Milena Medeiros esteve em Malabo, capital da Guiné Equatorial, em missão diplomática, entre 20 e 27 de novembro.
Uma semana depois, na segunda-feira (5), ao passar mal, ela procurou pela primeira vez o Hospital Brasília. O hospital, que é privado, mantém convênio com o plano de saúde do MRE.