Mais de 60% dos casos de hanseníase no Brasil estão concentrados em 166 municípios. A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta terça-feira (16), durante reunião com coordenadores dos programas estaduais de combate à doença.
Em 2009, o Brasil registrou mais de 37 mil novos casos de hanseníase. Os estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso são os que apresentam o maior número de registros. Segundo o ministro, o governo pretende reduzir a incidência da doença ao patamar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes. No entanto, ele não informou prazo para cumprimento da meta.
O Ministério da Saúde planeja traçar ações específicas com as prefeituras de cidades onde há grande registro da doença e também fazer busca ativa de novos casos, o que pode aumentar a identificação de casos no País. “A busca ativa é fundamental para bloquear a transmissão da doença”.
A hanseníase atinge pele e nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. A doença pode causar deformidades físicas e tem como principais sintomas manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou toque. A hanseníase tem tratamento e cura.
A transmissão ocorre quando o doente elimina o bacilo pelas secreções nasais, tosse ou espirra. Assim que inicia o tratamento, o doente para de transmitir a doença.
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